BIOgeografias na Fronteira Sul (Brasil/Paraguai/Bolívia)
DOI:
https://doi.org/10.23899/relacult.v3i3.541Palavras-chave:
biogeografias, bovinocultura, bovinoculturismo, Mato Grosso do Sul, pós-colonialidadeResumo
A produção artística de Mato Grosso do Sul esteve nos últimos anos vinculada a duas noções de arte e cultura bovinas: uma, a bovinocultura como repertório cultural das produções artísticas; outra, o bovinoculturismo como modelo para as produções artísticas. Ambas “culturas bovinas” – bovinocultura e bovinoculturismo – esboçam opções de discussões acerca das questões às quais estão envoltas. Uma delas, à bovinocultura, é que esta noção está relacionada com trabalhos artísticos que se valem do boi como característica cultural intrínseca às biogeografias fronteiriças dos sul-mato-grossenses. Já o bovinoculturismo, podemos dizer que uma de suas noções na cultura está posta por uma sistematização de controle dos sujeitos dessas biogeografias das produções artísticas locais nessa mesma fronteira sul. A primeira toma da “imagem” do boi como paisagem biográfica constituinte da cultura local, enquanto a segunda se vale do boi real a partir das relações mercadológicas instauradas pelo/do agronegócio em que o boi vale mais que uma vida (in)(h)umana. Portanto, tomando dessas primeiras ideias, este trabalho quer discutir acerca da “cultura do boi” como repositório cultural e como controle da cultura local sul-mato-grossense nessa tríplice fronteira (Brasil/Paraguai/Bolívia) a partir das noções de biogeografia e paisagens biográficas como epistemes para uma arte descolonial. Nesse sentido, a ideia é discutir trabalhos artísticos e as biogeografias dessa fronteira sul, nas diferentes linguagens com suas identidades, que estão produzindo arte e conhecimento e circulando entre os espaços, tomando como ilustração a “imagem” – simbólica ou real – do boi, para produção ou inscrição.
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