Processo Colaborativo de Criação em Combate: diálogo entre teoria e prática mediante relatos de experiências
DOI:
https://doi.org/10.23899/relacult.v3i2.409Palavras-chave:
artes, culturaResumo
Este trabalho visa a reflexão sobre o processo colaborativo, junto a prática de criação de um espetáculo do Laboratório de Dramaturgismo e Direção Rotativa de Cenas da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), coordenado pela Prof.ª Dra. Fernanda Vieira Fernandes, responsável pelo dramaturgismo, e Prof.ª Ma. Maria Amélia Gimmler Netto, responsável pela encenação. O grupo é constituído pelas professoras, por quatro estudantes e três alunos egressos do Curso de Teatro-Licenciatura do Centro de Artes da UFPel. A dramaturgia criada foi livremente inspirada na peça Combate de Negro e de Cães, do autor francês Bernard-Marie Koltès, contando ainda com depoimentos pessoais dos integrantes, as poesias Um útero é do tamanho de um punho e Mulher de Vermelho, da autora Angélica Freitas, além de canções e outros textos. A abertura na participação do processo de criação é uma raiz da metodologia adotada, que será versada neste artigo. Como referencial teórico deste artigo, utilizaremos textos de Araújo, Nicolete, Fischer e Abreu, que fazem uma reflexão sobre o processo coletivo e o processo colaborativo como modo de criação, juntamente, analisaremos as vivências práticas do laboratório de criação. Pretende-se, portanto, exemplificar o processo colaborativo fundamentando a prática do laboratório por intermédio de relatos da criação do espetáculo Combate. Buscamos entender, por fim, as particularidades dessa metodologia, a sua importância no papel da criação, e o reconhecimento do grupo enquanto coletivo atuante na reflexão crítica em relação ao processo.Referências
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