Audiodescrição em Cinema e Televisão: uma ponte que conduz à inclusão cultural da pessoa com deficiência visual
DOI:
https://doi.org/10.23899/relacult.v3i1.306Palavras-chave:
Palavras-Chave, Audiodescrição, comunicação, inclusão, pessoa com deficiência, tradução intersemióticaResumo
A partir da divulgação dos dados referentes ao Censo realizado em 2010 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE - afirmando que o Brasil possui 18,60% de sua população formada por pessoas cegas ou com baixa visão e a constatação de que a produção midiática baseia-se em imagens, como é o caso do Cinema e da Televisão, a audiodescrição (AD) apresenta-se com um recurso de tecnologia assistiva (TA) de acessibilidade capaz de oportunizar às pessoas com deficiência visual as condições mínimas necessárias para consumirem conteúdos audiovisuais em situação de equidade com as demais pessoas. Este estudo, apoiado nas produções teóricas de Charles S. Peirce, Roman Jakobson e Lúcia Santaella e utilizando-se da metodologia qualitativa de cunho bibliográfico, buscou identificar e descrever a audiodescrição como uma modalidade intersemiótica, isto é, a tradução de uma linguagem para outra linguagem - visual para a verbal, como uma ferramenta de acessibilidade comunicacional e informacional que pode conduzir à inclusão sociocultural das pessoas com deficiência visual.
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