História, discurso e memória
o jornal nosso tempo como prática de resistência frente à ditadura militar no período 1980-1985
DOI:
https://doi.org/10.23899/relacult.v8i2.2249Palavras-chave:
Jornal, Memória, Discurso, ImprensaResumo
Este artigo aciona História, Discurso e Memória desde o presente. Para isso, explora o discurso do Jornal Nosso Tempo a partir de algumas edições, atualmente em formato digital, mas que foram veiculadas de forma impressa e que circularam no município de Foz do Iguaçu, Estado do Paraná, no período 1980-1985. A partir da Análise do Discurso de vertente Francesa (AD), busca-se compreender como o discurso do jornal de cunho burguês problematizou a questão de uma imprensa “livre” e “democrática”. Para abordagem dessa fonte histórica-documental, incluiu-se algumas edições do jornal, trechos de discursos, charges e fotografias como corpus de análise, com duas teses fundamentais; em primeiro plano, analisa o discurso do jornal como prática de resistência à ditadura militar e, em segundo plano, busca compreender como a organização desse discurso (por meio da publicação e circulação do jornal) interagiu com as questões sociais, com a imprensa oficial e com a imprensa colaboracionista. Como resultado, o artigo (re)constrói alguns detalhes que permeiam a história do município de Foz de Iguaçu, enfatizando o papel do discurso na construção da memória.
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