Comunidades Quilombolas no Brasil
percursos históricos, processos de lutas e de ressematização de sentidos
DOI:
https://doi.org/10.23899/relacult.v7i3.2109Palavras-chave:
Remanescência, Ressemantização, QuilombolasResumo
Este artigo tem como objetivo focalizar os processos de formação e de afirmação histórico social de comunidades quilombolas. A tempo, o estudo perpassa por três ambiências em sua composição temática: na primeira parte é evidenciada, de forma geral, a evolutiva forma de organização dos seres humanos em comunidades ou sociedades. Essa retomada histórica traz suas repercussões nas sucessivas formações de comunidades tradicionais mencionadas neste estudo; a segunda parte traz a noção conceitual de quilombo a partir da afirmação/negação de remanescência e por fim, descreve o processo de formação e de resistência dos africanos ao escravismo colonial que se estende até os nossos dias, em cenas de intensas e vigorosas lutas. O estudo está ancorado numa metodologia de natureza qualitativa e foi gerado a partir da compilação do estado da arte sobre a temática em relevo passando por diversos tempos de produção científica dado que a problemática abordada entrelaça variados contextos históricos que dialogam, simultaneamente, numa sobreposição de fatos e aspectos que não podem ser vistos de forma isolada. As questões postas para análise buscam, ainda, focalizar, no âmbito da crítica, a lógica advinda do Estado-nação no que diz respeito aos direitos dos povos de quilombos e às formas de acesso e de conservação de seus bens simbólicos e materiais. O estudo apontou que os processos de lutas políticas e sociais dos povos quilombolas instaurados, ainda, no Brasil Colônia pela busca de visibilidade identitária e étnica continuam latentes em nossos dias, traduzindo-se em condutos de resistência e alteridade.
Métricas
Referências
ALMEIDA, A. W. B. Os quilombos e as novas etnias. In: O'DWYER, E. C. (Org). Quilombos: identidade étnica e territorialidade. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2002. 420p. (Obra completa).
ARRUTI, J. M. Mocambo: antropologia e história no processo de formação quilombola. Bauru: Edusc, 2006. 285p. (Obra completa).
BARRETO FILHO, H. T. Populações tradicionais: introdução à crítica da ecologia política de uma noção. In: ADAMS, C.; MURRIETA, R.; NEVES, W. (Orgs.). Sociedades caboclas amazônicas: modernidade e invisibilidade. São Paulo: Annablume, 2006. p.109-143. (Capítulo de Livro).
BAZGLIA, P. A. primeiros Passos com a Bíblia. São Paulo: Paulus, 2004. 40p. (Obra completa).
BRANDÃO, C. R. A Comunidade Tradicional. In: ALMEIDA, J. B.; OLIVEIRA, C. L. (Orgs). Cerrado, Gerais, Sertão – comunidades tradicionais nos sertões roseanos. 1ed. São Paulo: Intermeios, v. 1, 2012. p. 367-380. (Capítulo de Livro).
BARTH, F. O guru, o iniciador e outras variações antropológicas. Rio de Janeiro: Contracapa, 2000. (Obra Completa).
BRASIL, I Conferência Nacional de Promoção da Igualdade Racial: Brasília, 30 de junho a 2 de julho de 2005: Relatório Final/ Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Conselho Nacional de Promoção da Igualdade Racial. Brasília: Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, 2005. (Anais).
CALEGARE. M. G. A.; HIGUCH. M. I. G.; BRUNO, A. C. S. Povos e comunidades tradicionais: das áreas protegidas à visibilidade política de grupos sociais portadores de identidade étnica e coletiva. disponível em https://www.scielo.br/pdf/asoc/v17n3/v17n3a08.pdf. Acesso em: 28 fev. 2021. (Artigo em Periódico Digital).
CARNEIRO, E. O. Quilombo dos Palmares. S. Paulo: Cia. Editora Nacional, 1958. 120p. (Obra Completa).
CARVALHO, R. M. A.; LIMA, G. F. C. Comunidades Quilombolas, Territorialidade e a Legislação no Brasil: uma análise histórica. Revista de Ciências Sociais, n.39, 2013, pp 329-346. Disponível em: https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/politicaetrabalho/article/view/12745. Acesso em: 12 jan. 2021. (Artigo em periódico Digital).
DALT, S.; BRANDÃO A. A. Comunidades quilombolas e processos de formação de identidades no Brasil. Revista Univap, São José dos Campos-SP, v. 17, n. 29, ago.2011. Disponível em: https://revista.univap.br/index.php/revistaunivap/article/view/12. Acesso em: 12 jan. 2021. (Artigo em periódico Digital).
FERREIRA, S. R. B. Quilombolas. In: CADART, R. S. et al (Orgs.). Dicionário da Educação do Campo. Rio de Janeiro, São Paulo: Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio, Expressão Popular, 2012. p. 645-650. (Capítulo de Livro).
FIABANI, A. O quilombo antigo e o quilombo contemporâneo: verdades e construções. In: Anais da Associação Nacional de História – ANPUH XXIV SIMPÓSIO NACIONAL DE HISTÓRIA – 2007. (Anais).
FILHO, J. B. S; LISBOA, A. Quilombolas: Resistência, História e Cultura. São Paulo: IBEP, 2012. 254p. (Obra Completa).
FREYRE, G. Casa Grande & Senzala. 51ª Edição. Recife -PE: Fundação Gilberto Freyre, 1980. 300p. (Obra Completa).
GOMES, F. S. Mocambos e Quilombos: Uma história do campesinato negro no Brasil. São Paulo: Claro Enigma, 2015. 254p. (Obra Completa).
GUIMARÃES. C. M. Alencar, o escravista. Folha de São Paulo, quarta-feira, 08 de outubro de 2008. Uma negação da ordem escravista: Quilombos em Minas Gerais no século XVIII, Dissertação de Mestrado, Belo Horizonte, UFMG, 1983. (Jornal).
LEITE, I. B. Os quilombos no Brasil: Questões conceituais e normativas. Etnográfica, vol. iv (2), 2002, p.333-354. (Capítulo de Livro).
LIFSCHITZ, J. Aalejandro. Comunidades tradicionais e neocomunidades. Rio de Janeiro: contracapa, 2011. 350p. (Obra Completa).
MARQUES. C. E. De quilombos a quilombolas: notas sobre um processo histórico-etnográfico. Revista de Antropologia, USP, v. 52, n. 1, 2009. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/ra/article/view/27338. Acesso em 12 fev. 2021. (Artigo em periódico Digital).
MELLO, M. M. Reminiscências dos Quilombos. FAPESP: Terceiro Nome, 2012. 265p. (Obra Completa).
MOURA, C. Rebeliões da senzala: quilombos, insurreições e guerrilhas. São Paulo: Conquista, 2014. 335p. (Obra Completa).
RAMOS, A. O Negro na Civilização Brasileira. Rio de Janeiro: Casa do Estudante Brasileiro, 1953. 198p. (Obra Completa).
RATTS, A. J. P. (RE)conhecer quilombos no território brasileiro. In FONSECA, M. N. S. (Org) Brasil afro-brasileiro. Belo Horizonte: Autêntica, 2001. 189p. (Obra Completa).
SILVA, M. O. Saindo da invisibilidade: a política nacional de povos e comunidades tradicionais. Revista Inclusão Social. Brasília, v. 2, n. 2, 2014. Disponível em: http://revista.ibict.br/inclusao/article/view/1596. Acesso em: 28 de fev. 2021. (Artigo em periódico Digital).
STICHWEH, R. Elementos-chave de uma teoria da sociedade mundial. Revista Sociedade e Estado, v. 33, n. 2, 2018. Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102-69922018000200389&script=sci_arttext. Acesso em 05 de fev. de 2021. (Artigo em periódico Digital).
TÖNNIES, F. Comunidad y sociedade. Buenos Aires/Argentina: Losada, 1947. 300p. (Obra Completa).
TÖNNIES, F. Comunidade e Sociedade. In: MIRANDA, F. T. (Org.) São Paulo: EDUSP, 1995. 330p. (Obra Completa).
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Maria Aparecida Ventura Brandão Ventura Brandão, Wbaneide Martins de Andrade, Carlos Alberto Batista Santos
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a) Os autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License BY-NC (https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0/) que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da sua autoria e publicação inicial nesta revista.
b) Esta revista proporciona acesso público a todo o seu conteúdo, uma vez que isso permite uma maior visibilidade e alcance dos trabalhos publicados. Para maiores informações sobre esta abordagem, visite Public Knowledge Project, projeto que desenvolveu este sistema para melhorar a qualidade acadêmica e pública da pesquisa, distribuindo o OJS assim como outros softwares de apoio ao sistema de publicação de acesso público a fontes acadêmicas. Os nomes e endereços de e-mail neste site serão usados exclusivamente para os propósitos da revista, não estando disponíveis para outros fins.