Grupo de Maracatu na universidade: práticas culturais juvenis e auto-formação
DOI:
https://doi.org/10.23899/relacult.v5i3.1648Palavras-chave:
Cultura popular, Juventude, Autogestão, Universidade.Resumo
Por meio de observação participante e entrevistas semiestruturadas, são analisadas as práticas culturais juvenis e os processos formativos de um grupo percussivo de Maracatu composto por estudantes de uma universidade pública de Minas Gerais. O objetivo é conhecer as práticas de formação política e cultural vividas pelo grupo, via o cultivo de tradições oriundas do Maracatu Nação pernambucano. São debatidos os dilemas enfrentados pelo grupo, diante de questões de gênero e das relações com a tradição e a religiosidade. Os resultados destacam a riqueza das práticas autoformativas e autogestionárias do grupo universitário, as quais constituem processos de subjetivação de grande potência cultural e política.
Métricas
Referências
ANDRE, M. E. D. A. Etnografia da prática escolar. Campinas: Papirus, 2009.
CARVALHO, E. I. Diálogo de negros, monólogo de brancos: transformações e apropriações musicais no maracatu de baque virado. 2007, 145 f. Dissertação (Mestrado em Antropologia), Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2007.
CORROCHANO, M. C. O trabalho e sua ausência: narrativas de jovens no Programa Bolsa Trabalho no município de São Paulo. 2008. 450 f. Tese (Doutorado em Educação) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2008.
COSTA, G. B. A festa é de Maracatu: cultura e performance no Maracatu Cearense. 1980-2002. 2008. 196 f. Dissertação (Mestrado em História Social) – Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2008.
CHARTIER, R. “Cultura popular”: revisitando um conceito historiográfico. Estudos Históricos, Rio de Janeiro, v. 8, n. 16, p. 179-192, 1995. Disponível em: <http://bibliotecadigital.fgv.br/ojs/index.php/reh/article/viewArticle/2005>. Acesso em: 10 nov. 2018
DAYRELL, J. O rap e o funk na socialização da juventude. Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 28, n. 1, p. 117-136, 2002. Disponível em: . Acesso em: 05 maio 2018.
DUBET, F. Las lógicas de acción. In: _____. Sociología de la experiencia. Madri: CIS, Editoial Complutuense, 2010. p. 101-124.
PARK, M. B.; FERNANDES, R. S. (Orgs.). Palavras-chave em educação não formal. Holambra: Setembro, Campinas; CMU, 2007. p. 31-52.
GARCEZ, L. S. Os movimentos do Maracatu Estrela Brilhante de Recife: os “trabalhos de uma “nação diferente”. 2013. 158 f. Dissertação (Mestrado em Antropologia) – Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2013.
GARCIA, V. A. Educação não-formal: um mosaico. In: PARK, M. B.; FERNANDES, R. S. (Orgs.). Palavras-chave em educação não formal. Holambra: Setembro, Campinas; CMU, 2007. p. 31-52.
GROPPO, L. A. et al. Ocupações no Sul de Minas: autogestão, formação política e diálogo intergeracional. ETD- Educação Temática Digital. Campinas/SP v.19 n.1 p. 141-164, 2017. Disponível em: <https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/etd/article/view/8647616>. Acesso em 10 abr. 2019.
GROPPO, L. A.; GOUSSAIN, E. Dimensões educativas não formais e informais das práticas culturais juvenis na cidade. Inter-Ação, Goiânia, v. 41, n. 2, p. 265-286, maio/ago. 2016. Acesso em 10 abr. 2019.
HALL, S. Notas sobre a desconstrução do popular. In: _____. Da diáspora: Identidade e Mediações Culturais. Belo Horizonte: Editora da UFMG, 2003, p. 247-264.
KOSLINSKI, A. B. Z. “A minha nação é nagô, a vocês eu vou apresentar”: mito, simbolismo e identidade na Nação do Maracatu Porto Rico. 2011. 153 f. Dissertação (Mestrado em Antropologia) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2011.
LIMA, I. M. F. Maracatu nação e grupos percussivos: diferenças, conceitos e histórias. História: Questões & Debates, Curitiba, n. 61, p. 303-328, jul./dez. 2014. Disponível em: <https://revistas.ufpr.br/historia/article/view/39020>. Acesso em: 10 maio 2018.
LOURO, G. L. Gênero, Sexualidade e educação: uma perspectiva pós-estruturalista. 3. ed. Petrópolis: Vozes, 1999.
MAGNANI, J. G. C. Etnografia como prática e experiência. Horizontes Antropológicos, Porto Alegre, ano 15, n. 32, p. 129-156, 2009. Disponível em: . Acesso em: 10 jun. 2017.
MEDEIROS, R. B. de. Maracatu Rural: luta de classes ou espetáculo? (Um estudo das expressões de resistência, luta e passivização das classes subalternas). 2003. 332 f. Tese (Doutorado em Serviço Social) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2003.
METZ, J. D. Cultural Geographies of Afro-Brazilian Symbolic Practices: Tradition and change in Maracatu de Nação. Latin American Music Review, Austin, v. 29, n. 1, p. 64-95, 2008. Disponível em: <https://www.utexaspressjournals.org/doi/abs/10.7560/LAMR38205>. Acesso em: 05 jul. 2018.
OLIVEIRA, R. C. O Trabalho do Antropólogo. 2. ed. Brasília: Editora Paralelo 15; São Paulo: Editora Unesp, 2006.
OLIVEIRA, S. A. de. Cultura popular e o Maracatu Rural: trilhando os caminhos do espetáculo. Cultur – Revista de Cultura e Turismo, ano 5, n. 1/especial, p. 58-70, 2011. Disponível em: http://periodicos.uesc.br/index.php/cultur/article/view/269>. Acesso em: 10 maio 2018.
PINTO, T de O. Musical difference, competition and conflict: The Maracatu Groups in the Pernambucano Carnival, Brazil. Latin American Music Reivew, Austin, v. 17, n. 2, p. 97-119, 1996. Disponível em: <https://www.jstor.org/stable/780346 >. Acesso em: 10 maio 2018.
PRAZERES, P. A. Maracatu Nação e a busca pela compreensão de seus aspectos religiosos: dos estudos folclóricos culturais à vivência dos jovens integrantes do arrasta ilha com o mestre da nação do maracatu porto rico. Biblioteca Municipal Belmonte, São Paulo, jan. 2012, 18 f.
SILVA, A. C. R. da. Vamos Maracatucá: um estudo sobre os maracatus cearense. 2004. 151 f. Dissertação (Mestrado em Antropologia) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife. 2004.
SOUZA, K. F. B. de. O consumo do espetáculo: reflexões iniciais sobre parafolclóricos de maracatu-nação ou de baque-virado. UNIrevista, v. 1, n. 2, 2006, p. 1-9. Disponível em: <https://studylibpt.com/doc/2786336/o-consumo-do-espet%C3%A1culo>. Acesso em: 10 jul. 2019.
SZYMANSKI, H. (Org.). A entrevista na pesquisa em Educação: a prática reflexiva. Brasília: Liber Livro, 2004.
UCELLA, O. B.; LIMA, T. O Maracatu Afrociberdélico de Chico Science e Nação Zumbi. Revista Brasileira de Estudos da Canção, Natal, n. 4, 2013, p. 11-124. Disponível em: . Acesso em: 10 maio 2018.
WEBER, M. A “objetividade” do conhecimento nas Ciências Sociais. In: GOHN, G. (Org.). Weber. Sociologia. São Paulo: Ática, 1979. p. 79-127,
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a) Os autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License BY-NC (https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0/) que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da sua autoria e publicação inicial nesta revista.
b) Esta revista proporciona acesso público a todo o seu conteúdo, uma vez que isso permite uma maior visibilidade e alcance dos trabalhos publicados. Para maiores informações sobre esta abordagem, visite Public Knowledge Project, projeto que desenvolveu este sistema para melhorar a qualidade acadêmica e pública da pesquisa, distribuindo o OJS assim como outros softwares de apoio ao sistema de publicação de acesso público a fontes acadêmicas. Os nomes e endereços de e-mail neste site serão usados exclusivamente para os propósitos da revista, não estando disponíveis para outros fins.