Identidade, memória e cultura material: uma etnografia em torno do artesanato indígena Mbya Guarani no litoral do Paraná1
DOI:
https://doi.org/10.23899/relacult.v5i5.1544Palavras-chave:
cultura, artes, estudos em cultura, integração culturalResumo
O presente trabalho discorre e busca fazer uma reflexão acerca do artesanato indígena produzido por um dos grupos Guaranis da família linguística Tupi-Guarani, do tronco Tupi: os Mbya Guarani que estão presentes por toda extensão do litoral do Paraná, do qual buscou-se compreender as possíveis dimensões dadas ao artesanato através da exposição “Nhande Mbya Reko: Nosso jeito de ser guarani”, realizada no Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade Federal do Paraná (MAE-UFPR). Este trabalho foi produzido através de um projeto de iniciação científica e tem como objetivo central, a observação analítica e investigativa acerca das várias atividades que estão presentes no artesanato produzido pelos indígenas em questão. Procurou-se também compreender a importância sociocultural e econômica do artesanato para a comunidade, envolvendo a concepção de identidade, memória e cultura material; compreendendo a forma singular de relação com cada um dos processos que envolvem a concepção dos objetos por eles produzidos, e por fim refletir as possíveis relações com os não-índios em sua fase final de troca ou venda dos artefatos produzidos. É importante destacar que o litoral paranaense conta com sete aldeias indígenas com forte presença dos Mbya Guarani, e que a manutenção e valorização desses artesanatos é também um meio de resistência local. Neste sentido, durante a exposição ficou claro que a equipe do MAE buscou-se dialogar com a realidade por eles vivida, através de saídas de campo e reuniões realizadas com os representantes das comunidades, afim de construir a exposição por meio de uma curadoria compartilhada, percebendo com maior sensibilidade as nuances existentes nos aspectos citados anteriormente.
Métricas
Referências
ABREU, Regina. Museus etnográficos e práticas de colecionamento: antropofagia dos sentidos. Revista do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, v. 31, p. 100-125, 2005. (Revista)
BONAMIGO, Zelia Maria. A Economia dos Mbya-Guarani: trocas entre homens e entre deuses e homens na Ilha da Cotinga. Paranaguá–PR, Curitiba: Imprensa Oficial, 2009. (Dissertação)
GORDON, Cesar; SILVA, Fabíola. Objetos vivos: a curadoria da coleção etnográfica Xikrin-Kayapó no Museu de Arqueologia e Etnologia – MAE – USP. Estudos Históricos. Rio de Janeiro, n 36:93-110, 2005.
LADEIRA, Maria Inês. Espaço geográfico Guarani-Mbya: significado, constituição e uso. EdUSP, 2008, p. 41-53. (Capítulo de Livro)
PEREZ GIL, Laura . O acervo etnográfico do MAE-UFPR: Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade Federal do Paraná (MAE-UFPR). Questões Indígenas e Museus: Debates de Possibilidades, Brodowski, Sp: :ACAM Portinari, 2012, p.104-112. (Capítulo de Livro)
SOUZA, José Otávio Catafesto de. Tava Miri São Miguel Arcanjo, Sagrada Aldeia de Pedra: os Mbyá-Guarani nas Missões. Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional-RS, 2007. (Inventário)
VAN VELTHEM, Lucia Hussak. O objeto etnográfico é irredutível? Pistas sobre novos sentidos e análises. Boletim do Museu Paraense. Emílio Goeldi. Ciências Humanas, v. 7, n. 1, p. 51-66, jan.-abr. 2012. (Artigo em Periódico)
Portal do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). Disponível em: http://portal.iphan.gov.br/pagina/detalhes/507/. Acesso em: 19 de julho de 2018.
Mapa Guarani Continental. Disponível em: https://www.socioambiental.org/pt-br/mapas/mapa-guarani-continental-2016. Acesso em 19 de julho de 2018.
Imagem do prédio histórico do Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade Federal do Paraná - MAE/UFPR. Disponível em: http://www.proec.ufpr.br/links/mae.html. Acesso em 21 de julho de 2018,
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a) Os autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License BY-NC (https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0/) que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da sua autoria e publicação inicial nesta revista.
b) Esta revista proporciona acesso público a todo o seu conteúdo, uma vez que isso permite uma maior visibilidade e alcance dos trabalhos publicados. Para maiores informações sobre esta abordagem, visite Public Knowledge Project, projeto que desenvolveu este sistema para melhorar a qualidade acadêmica e pública da pesquisa, distribuindo o OJS assim como outros softwares de apoio ao sistema de publicação de acesso público a fontes acadêmicas. Os nomes e endereços de e-mail neste site serão usados exclusivamente para os propósitos da revista, não estando disponíveis para outros fins.