Silviano Santiago: o intelectual desobediente (trans)fronteiriço
DOI:
https://doi.org/10.23899/relacult.v5i5.1456Palavras-chave:
Crítica biográfica fronteiriça, Desobediência epistêmica, Epistemologia fronteiriça, Silviano Santiago.Resumo
Este trabalho tem por objetivo refletir acerca da figura do intelectual Silviano Santiago à luz da crítica biográfica fronteiriça cunhada por Edgar Cézar Nolasco a partir da confluência dos estudos pós-coloniais (MIGNOLO, 2003) aos crítico-biográficos (SOUZA, 2002) (SOUZA, 2011) tomando como lócus enunciativo, tanto epistemológico quanto geoistórico, a fronteira-Sul do Brasil com os países lindeiros Paraguai e Bolívia. É segundo essa óptica teórica que buscaremos discutir a figura do crítico, homossexual e escritor mineiro partindo da premissa de que sua carreira/obra/vida se aquilatam em uma percepção (trans)fronteiriça por excelência. Essa alcunha se justifica através do trânsito crítico-ficcional-teórico e da visada epistemológica pós-colonial que atravessa as percepções de Silviano Santiago sobre a cultura e literatura brasileiras, seja tratando do outro ou exercendo sua escritura literária: exercícios sempre permeados pelo bios do menino natural de Formiga intelectualizado em Belo Horizonte. Para sustentar o debate proposto, nos assentaremos, dentre outros, em pesquisadores e obras como Histórias locais/projetos globais (2003) e “Desobediência epistêmica” (2008) de Walter Mignolo, Perto do coração selbaje da crítica fronteriza (2013) e “Crítica biográfica fronteiriça (Brasil/Paraguai/Bolívia)” (2015) de Nolasco, Janelas indiscretas (2011) de Souza, O local da cultura (2013) de Homi K. Bhabha, Planetas sem boca (2006) de Hugo Achugar e Representações do intelectual (2005) de Edward W. Said.
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Referências
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