Memórias de uma “Cidade Olímpica”: análise dos filmes Rio eu te amo e Olympia
DOI:
https://doi.org/10.23899/relacult.v6i1.1128Palavras-chave:
memórias oficiais, memórias subterrâneas, megaeventos, branding urbano, cinema brasileiroResumo
Este trabalho tem o objetivo de analisar as representações da cidade do Rio de Janeiro em dois filmes produzidos no período dos megaeventos: o Rio, eu te amo (2014) e o Olympia (2016). A análise de narrativas foi escolhida como a metodologia deste trabalho, e serão utilizadas as perspectivas de Paul Ricoeur (1994). O autor pode contribuir para a investigação e problematização dos processos de produção das narrativas fílmicas, auxiliando no entendimento de um processo de formação de sentido. E para compreender as memórias produzidas e silenciadas pelos dois filmes, recorreu-se a autores como Pollak (1989) e Mendonça (2018). Entendemos que o Rio – eu te amo pode ter sido utilizado para fazer o branding da marca-Rio, trazendo as “memórias oficiais”. O Olympia, por outro lado, levando em consideração seu planejamento, produção e divulgação, deve trazer à memória temas que a gestão da marca teve a intenção de silenciar. Ou seja, o Olympia, percebido como “militante” ou “ativista”, traz as “memórias subterrâneas”.
Referências
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