A bicha e o macho: poder e resistência nas músicas de Linn da Quebrada

Autores

DOI:

https://doi.org/10.23899/relacult.v4i3.1040

Palavras-chave:

ComunidadeLGBTQ , Discurso, Heteronormatividade, Resistência, Subjetividade.

Resumo

Na última década, observou-se um aumento das discussões sobre gênero, bem como da visibilidade de sujeitos pertencentes à comunidade LGBTQ+. Além de se diferenciar da comunidade externa a ela, a dita heterossexual, a própria sigla demonstra que internamente há vários grupos e, portanto várias subjetividades.Desse modo, buscamos investigar o jogo de forças estabelecido internamente à comunidade LGBTQ+ e a sua consequente relação com a circulação/validação de subjetividades.No esteio de uma análise discursiva que mobiliza noções foucaultianas, são mobilizados neste trabalho conceitos comosubjetividade, poder e resistência. A série enunciativa mobilizada é composta por músicas da cantora Lin da Quebrada, em seu álbum ‘Pajubá’, lançado em 2017. As análises indicaram que o discurso construído nas músicas estabelece uma resistência ao padrão do gay com perfil masculinizado, o macho, em prol da valorização da subjetividade do gayfeminio, a bicha.

Biografia do Autor

  • João Vitor Xavier dos Santos, Universidade Estadual de Maringá
    Graduando em Letrras
  • Adélli Bortolon Bazza, Universidade Estadual de Maringá
    Professora no Departamento de Língua Portuguesa da Universidade Estadual de Maringá

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Publicado

2019-02-06

Edição

Seção

Dossiê - Discurso, mídia e sociedade

Como Citar

A bicha e o macho: poder e resistência nas músicas de Linn da Quebrada. (2019). RELACult - Revista Latino-Americana De Estudos Em Cultura E Sociedade, 4(3). https://doi.org/10.23899/relacult.v4i3.1040