Agroecologia: saberes e práticas locais como componentes do Bem Viver
DOI:
https://doi.org/10.23899/relacult.v3i3.578Palavras-chave:
Bem Viver, Agroecologia, Capitalismo.Resumo
Este estudo visa identificar e analisar os benefícios das inovações e transformações tecnológicas em prol do meio ambiente a partir da transição agroecológica, em uma perspectiva do Bem Viver. Metodologicamente, trata-se de pesquisa bibliográfica, com cunho exploratório e descritivo. O estudo ocorreu no Município de Maracás no semiárido do estado da Bahia, entre os territórios, do Vale do Jiquiriçá e do Médio Rio de Contas. Como resultado, foi possível identificar que nas comunidades estudadas existe uma riqueza de saberes e os principais benefícios observados foram a capacidade organizativa, a melhoria dos sistemas produtivos, a conservação ambiental dos recursos naturais e a valorização da sociobiodiversidade a partir do resgate e do uso de sementes crioulas, a segurança alimentar e nutricional com a diversificação dos plantios, como milho, feijão, ervilha, mandioca, andu, palma, frutas, hortaliças, além disso observou a geração de renda a partir da Feira da Diversidade Cultura e Agroecológica. De modo geral, podemos compreender que esses benefícios podem ser entendidos como um processo de Bem Viver agroecológico. Por outro lado, a preocupação refere-se ao Bem Viver dos camponeses da região, que são prejudicados com a falta de pastos para alimentar os animais e a falta de água para irrigação das lavouras, isso devido a degradação ambiental e as mudanças climáticas na região. Conclui-se que as inovações e transformações tecnológicas podem contribuir para o Bem Viver, diante da transição agroecológica, e de políticas públicas que proponham e garantam uma produção mais sustentável e de baixo carbono.
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