TY - JOUR AU - Rodrigues Dias, Katia Helena AU - Michelon, Francisca Ferreira PY - 2019/05/05 Y2 - 2024/03/29 TI - Retratos de desaparecidos no Espaço de Memória e Direitos Humanos (ESMA), Argentina JF - RELACult - Revista Latino-Americana de Estudos em Cultura e Sociedade JA - RELACult VL - 5 IS - 4 SE - DO - 10.23899/relacult.v5i4.1085 UR - https://periodicos.claec.org/index.php/relacult/article/view/1085 SP - AB - <p>O regime político ditatorial, que emergiu na América Latina a partir da década de 1960, foi caracterizado por uma postura autoritária e de significativas violações aos direitos humanos. Para conseguir seus objetivos e aniquilar o suposto inimigo, foi utilizado recursos ortodoxos militares, como, por exemplo, tortura física e psicológica. Para essas práticas, eram necessários locais onde centenas de milhares de pessoas em condições sub-humanas estiveram em cativeiro, sendo que a maioria desapareceu nessas circunstâncias. Esses lugares ficaram conhecidos como Centros Clandestinos de Detenção, Tortura e Extermínio (CCDTE), e na atualidade alguns foram ressignificados como Espaços de Memória e Direitos Humanos. Na Argentina, durante a última ditadura civil-militar (1976-1983), um dos mais emblemáticos é onde funcionou a <em>Escola de Mecânica Armada</em> (ESMA). As desaparições ocorridas durante esse período, hoje se fazem presentes pela imagem dos desaparecidos. As imagens, portanto, são enunciativas do desaparecimento e sua história. Convergem para o discurso de uma vida interrompida e das razões políticas que levaram a isso. De forma simbólica, essas fotografias tem o desejo de que a memória desse passado recente não se esmaeça com o tempo, evocam o “não esquecimento”.<strong> </strong>O espaço de memória imprime, por meio da sua visualidade, um sentimento dúbio do que se vê e do que não pode ser visto, do que é e do que era e foi ocultado. É o sentimento imanente da presentificação da ausência.</p> ER -